Por Gabriela Raineri
A palavra biblioteca, em grego, significa "depósito de livros". Já em Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, a palavra tem um conceito muito além desse. Lá, a biblioteca é mais que um simples lugar onde se guarda livros. Recém-inaugurada pelo governo do estado, no dia 29 de abril, a Biblioteca-Parque de Manguinhos une cultura, informação e integração social. Pioneiro no Brasil, o projeto vem conquistando moradores próximos, que já começam a inserir a ida à biblioteca em sua rotina.
Segundo Ivete Miloski, coordenadora da Biblioteca-Parque, a procura é vista através de "picos de audiência": "No final da tarde, a biblioteca fica mais cheia porque é a volta dos adolescentes da escola", diz Ivete.
O acervo do local conta com vinte e sete mil livros, atendendo a todos os gostos, desde literatura infantil até livros de pesquisa para estudantes e adultos. Todos os tipos de autores podem ser encontrados na biblioteca de Manguinhos. Ou seja, o projeto não fica aquém de nenhuma outra biblioteca do país. Além disso, para o conforto dos frequentadores, lá a infra-estrutura é de dar inveja: foram construídos sala de braile, ludoteca, sala de leitura para pesquisas, um grande salão para lazer, área de cinema, música, jardim de leitura, sala de reuniões para moradores e usuários da biblioteca, computadores com acesso à Internet. São inúmeras formas de atrair os moradores da região.
O projeto, que investe na construção de equipamentos culturais como forma de promover inclusão social, é baseado na experiência pioneira da cidade colombiana de Medellín.
No vídeo abaixo, Ivete Miloski explica o porquê da inspiração no projeto pioneiro da Colômbia. Assista!
MORADORES DA REGIÃO TRABALHAM NA BIBLIOTECA
Onde funciona o espaço multimídia, o usuário escolhe filmes em DVD tanto para assistí-los em casa como no próprio local. Lá, trabalha Renato Pereira, morador de Manguinhos. O rapaz se diz realizado em poder contribuir para o sucesso do projeto. Renato diz que a região sempre foi marcada por coisas ruins e considerada um celeiro de maldades.
No entanto, agora a situação mudou completamente: " A infra-estrutura implantada trouxe perspectivas pessoais. O lugar parece um oásis em meio a um deserto cercado por maldades e desilusões. É uma luz no fim do túnel oferecida a todos nós", salienta o rapaz, que é músico.
Já na ludoteca, duas meninas lidam com crianças humildes todos os dias. Bianca da Silva e Priscila Ferreira cuidam do espaço mais atraente para os pequenos, com muitos briquedos, fantoches, instrumentos musicias e livros infantis. Quando as duas eram crianças, não existia nada disso. Hoje, para Bianca Cruz, que é assistente da ludoteca, a oportunidade deve ser aproveitada: "Isso é bom para os moradores, uma oportunidade única. Antes da biblioteca, não víamos movimento nenhum por aqui".
Quando questionada sobre a realização pessoal que o projeto traz para sua vida, Bianca não exita em dizer que diariamente aprende com as crianças e também oferece a elas um pouco de sua experiência.
Companheira de trabalho de Bianca, a jovem Priscila Ferreira, estagiária da ludoteca, conta que os menores ficaram encantados com a construção da biblioteca, e que ficaram na expectativa desde quando as obras começaram. "É que através dos livros e dos brinquedos, a crianças podem ir para onde quiserem", conta Priscila.
Na ludoteca, origamis muito bem feitos enfeitam as paredes. Quem os fez foi a própria coordenadora do espaço, Sanda de Sá. Ela explica que a técnica é praticada junto com as crianças, estimulando a criatividade delas. Para Sandra, é muito legal trabalhar em um projeto pioneiro:
"A comunidade não tinha nada, é tudo novo para as crianças. Aqui, elas fazem descobertas", acrescenta.
As crianças Maíra de Brenda, que moram pertinho da Bilbioteca-Parque, são frequentadoras assíduas da "biblioteca de brinquedos". Para as duas, brincar por ali é muito melhor do que em casa.
RECÉM-INAUGURADA, A BILIOTECA ENFRENTA ALGUNS PROBLEMAS
Segundo Ivete Miloski, os moradores, que raramente tem acesso à Internet, estão vendo a biblioteca como uma "grande casa de lan house". Ela diz também que os adultos pouco frequentam o local. Além disso, as mães consideram a biblioteca uma creche: "Algumas mães trazem seus filhos de 2, 3 anos para cá, os deixam aqui e depois só vêm buscá-los mais tarde", conta Ivete.
Para a coordenadora, é importante educar a população para que saiba a diferença de uma biblioteca para uma lan house e uma creche.
Assim, para estimular a procura pela cultura, serão feitas atividades com músicas, semanas de poetas e escritores, com estudante e jovens. De acordo com Ivete, esses eventos irão mobilizar a população que nunca teve cinema, teatro. "Isso aqui é uma portunidade, uma janela para a cultura brasileira", finaliza a coordenadora.
domingo, 30 de maio de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
Alimentação no Campus
Uma alimentação equilibrada é essencial para o bom rendimento dos estudantes universitários. É o que diz a professora do curso de Nutrição da Universidade Gama Filho (UGF), Ana Maria Florentino.
Muitos jovens dividem-se entre os estudos e o estágio. Para acompanhar essa rotina de compromissos, nada melhor que hábitos alimentares saudáveis e balanceados. Segundo a nutricionista, é importante não pular etapas na hora da alimentação: começar o dia com um belo café-da-manhã, depois comer algo entre o café e o almoço, almoçar corretamente, lanchar, jantar e ainda, fazer o famoso "lanche da noite".
É claro que diante de todas essas etapas, o prato deve ser bem equilibrado. Como? Deve cinter derivados do leite, legumes, frutas, verduras, leguminosas e proteína. Para Ana Maria Florentino, quanto mais colorida for a combinação de alimentos, mais atrativa será a comida.
Diferentes cursos, diferente alimentação
Vale lembrar que o tipo de alimentação pode variar de alunos de um curso para o outro. Por exemplo, um estudante do curso de Medicina, que fica na faculdade em tempo integral e normalmente se alimenta no próprio campus, deve ter um almoço mais leve, com legumes, frutas e verduras, sem frituras e gorduras. Já um aluno do curso de Comunicação Social, que estuda na parte da manhã e faz estágio à tarde, pode ter um almoço mais calórico, já que ele estará em locomoção no seu trabalho. No entanto, a professora faz questão de ressaltar que "devem ser feitas atividades físicas regulares".
Conheça aqui a Classificação dos alimentos!
O sedentarismo é um problema que preocupa os nutricionistas da UGF. Já foram feitas duas pesquisas pelo membros do curso voltadas para a alimentação do Campus. Nelas, foram constatadas que existe um excesso de peso entre os estudantes e que 60% dos pacientes da clínica (em geral, os próprios alunos na Universidade) apresentaram sedentarismo.
Ana Maria Florentino destaca também que a situação financeira afeta a alimentação. Para o estudante que não tem dinheiro para fazer sua alimentação na Universidade, ela dá uma dica: _Tragam seus lanches de casa. Escolham algo que não tenha fritura e dê prefrência a sucos e refrescos. Sempre opções saudáveis - diz a nutricionista.
E quando as provas estão chegando? É claro que junto vem o desespero. Os alunos conhecem muito bem essa sensação. Na hora da ansiedade, a compulsão por algum alimento é muito comum, especialmente pelo tão adorado chocolate e pelos doces. A professora de nurição diz que é impossível dizer a um estudante "não coma chocolate". Mas ela dá a opção de adequar essa vontade e comer um pedaço pequeno, que o satisfassa. Mas ela faz um adendo:"É claro que, se trocar o doce e o chocolate pela fruta, será melhor", sugere a especialista.
Ficou interessado em se informar mais sobre o assunto e fazer uma consulta? Dentro do Campus Piedade, os alunos de Nutrição prestam esse serviço aos estudantes universitários na Clínica de Atendimento.
Saiba como agendar sua consulta assitindo ao vídeo abaixo!
Muitos jovens dividem-se entre os estudos e o estágio. Para acompanhar essa rotina de compromissos, nada melhor que hábitos alimentares saudáveis e balanceados. Segundo a nutricionista, é importante não pular etapas na hora da alimentação: começar o dia com um belo café-da-manhã, depois comer algo entre o café e o almoço, almoçar corretamente, lanchar, jantar e ainda, fazer o famoso "lanche da noite".
É claro que diante de todas essas etapas, o prato deve ser bem equilibrado. Como? Deve cinter derivados do leite, legumes, frutas, verduras, leguminosas e proteína. Para Ana Maria Florentino, quanto mais colorida for a combinação de alimentos, mais atrativa será a comida.
Diferentes cursos, diferente alimentação
Vale lembrar que o tipo de alimentação pode variar de alunos de um curso para o outro. Por exemplo, um estudante do curso de Medicina, que fica na faculdade em tempo integral e normalmente se alimenta no próprio campus, deve ter um almoço mais leve, com legumes, frutas e verduras, sem frituras e gorduras. Já um aluno do curso de Comunicação Social, que estuda na parte da manhã e faz estágio à tarde, pode ter um almoço mais calórico, já que ele estará em locomoção no seu trabalho. No entanto, a professora faz questão de ressaltar que "devem ser feitas atividades físicas regulares".
Conheça aqui a Classificação dos alimentos!
Problemas comuns na alimentação do jovem estudante
O sedentarismo é um problema que preocupa os nutricionistas da UGF. Já foram feitas duas pesquisas pelo membros do curso voltadas para a alimentação do Campus. Nelas, foram constatadas que existe um excesso de peso entre os estudantes e que 60% dos pacientes da clínica (em geral, os próprios alunos na Universidade) apresentaram sedentarismo.
Ana Maria Florentino destaca também que a situação financeira afeta a alimentação. Para o estudante que não tem dinheiro para fazer sua alimentação na Universidade, ela dá uma dica: _Tragam seus lanches de casa. Escolham algo que não tenha fritura e dê prefrência a sucos e refrescos. Sempre opções saudáveis - diz a nutricionista.
Provas: a hora do nervosimo
E quando as provas estão chegando? É claro que junto vem o desespero. Os alunos conhecem muito bem essa sensação. Na hora da ansiedade, a compulsão por algum alimento é muito comum, especialmente pelo tão adorado chocolate e pelos doces. A professora de nurição diz que é impossível dizer a um estudante "não coma chocolate". Mas ela dá a opção de adequar essa vontade e comer um pedaço pequeno, que o satisfassa. Mas ela faz um adendo:"É claro que, se trocar o doce e o chocolate pela fruta, será melhor", sugere a especialista.
Ficou interessado em se informar mais sobre o assunto e fazer uma consulta? Dentro do Campus Piedade, os alunos de Nutrição prestam esse serviço aos estudantes universitários na Clínica de Atendimento.
Saiba como agendar sua consulta assitindo ao vídeo abaixo!
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